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Questões sobre falácias indutivas

Fernando estava animado com as eleições para a presidência do Grêmio estudantil de sua escola. Como aluno engajado e interessado na política escolar, ele queria ter uma boa ideia de como as coisas estavam indo para as chapas concorrentes. Durante o intervalo, Fernando aproveitava cada oportunidade para conversar com seus colegas de sala e conhecidos sobre em quem pretendiam votar.

Depois de alguns dias de conversas, Fernando notou um padrão: praticamente todas as pessoas com quem falava afirmavam que iam votar na Chapa 1, liderada por sua amiga Luísa. Alguns mencionavam que gostavam das ideias dela para melhorar as atividades extracurriculares; outros simplesmente diziam que achavam que Luísa era a pessoa certa para representar os estudantes.

Convencido de que a Chapa 1 tinha o apoio majoritário, Fernando concluiu que não havia mais dúvida: "A Chapa 1 vai ganhar com certeza. Todo mundo que eu conheço vai votar nela!". Algumas semanas depois, ele percebeu que estava certo. De fato, a Chapa 1 ganhou a eleição.

Qual alternativa avalia corretamente o raciocínio de Fernando?
Seu raciocínio é uma generalização apressada, porque ele baseou sua conclusão sobre toda a escola na opinião de uma amostrar que pode não ser representativa de todos os alunos.
O raciocínio de Fernando é válido, porque ele conversou com muitas pessoas ao longo de alguns dias, e isso permitiu chegasse a uma conclusão correta sobre o resultado da eleição.
Ele cometeu a falácia da evidência suprimida, porque só considerou as opiniões que confirmavam sua expectativa de que a Chapa 1 venceria, ignorando opiniões contrárias.
Ele cometeu a falácia do acidente, porque aplicou a percepção geral que tinha de seus colegas de sala para todo o colégio, sem considerar as diferentes preferências das outras turmas.

Sandro, engenheiro renomado e morador do bairro do Anil, em São Luís-MA, vai ao Socorrão II visitar um amigo doente. Ele normalmente não fica doente e, por isso mesmo não precisou frequentar hospitais antes. Ocorre que, enquanto esteve nas dependências do hospital de urgência e emergência, Sandro não viu nenhum médico, mas reparou na permanência de muitos doentes nas enfermarias e tantos outros espalhados pelos corredores. Após a visita, já em casa, comentou com seus familiares “Por isso que não vou a hospitais me tratar. Os médicos nunca estão lá quando precisamos”.

A conclusão a que chega Sandro é um argumento falacioso em razão de ser
uma generalização apressada, porque ele tira uma conclusão geral sobre todos os hospitais com base em uma única experiência no Socorrão II.
uma falácia do acidente, porque ele aplica de forma inadequada a regra de que hospitais deveriam ter médicos, sem considerar que podem existir situações excepcionais.
uma falácia ad hominem, porque ele ataca os médicos, sugerindo que eles não trabalham como deveriam, baseando-se em poucos fatos.
falsa analogia, porque ele compara a falta de médicos visíveis durante sua visita ao hospital com a ausência de profissionais em todas as situações possíveis

Lucas - Todos deveriam correr todos os dias para manter a saúde em dia. Correr é um dos melhores exercícios e faz bem para o corpo e para a mente.

Mariana - Lucas, nem todo mundo pode correr todos os dias. Eu, por exemplo, tenho problema nos joelhos, posso me machucar mais se seguir essa recomendação.

Lucas - Mesmo assim, correr é saudável, você deveria correr. Quem não corre só está perdendo uma oportunidade de cuidar da própria saúde.

Qual falácia Lucas está cometendo ao insistir em sua conclusão?
Falsa analogia, porque ele compara o benefício da corrida para uma pessoa saudável com seu benefício para todas as pessoas, ignorando as diferenças nas condições físicas de cada um.
Generalização apressada, porque ele conclui que correr todos os dias é bom com base em poucas evidências e sem considerar outras formas de exercício.
Dicto simpliciter, porque ele aplica a regra geral de que correr é saudável para todos, sem considerar as exceções, como pessoas com problemas nos joelhos.
A falácia de apelo à tradição, porque Lucas argumenta que correr é saudável simplesmente porque é uma prática comum e amplamente aceita.

Matheus tem observado atentamente o noticiário sobre política e notou que praticamente todos envolvem corrupção e mentira. Com isso, ficou bastante desiludido e passou a pensar que a maioria dos políticos roubam e mentem.

Sobre o raciocínio de Matheus, é correto afirmar que
é um argumento válido.
é uma falsa analogia.
é uma generalização apressada.
é um um dicto simpliciter.

O instituto de pesquisa Datafolha é conhecido por suas pesquisas nacionais de intenção de voto para presidente do Brasil. Para realizar essas pesquisas, o Datafolha utiliza uma amostra que varia entre 2.000 e 2.500 pessoas entrevistadas em diversas regiões do país. Apesar do tamanho do eleitorado brasileiro, que conta com milhões de eleitores, essa amostra relativamente pequena é selecionada de maneira a ser representativa da população como um todo, levando em consideração fatores como idade, gênero, classe social, escolaridade e região.

Qual das seguintes afirmativas avalia corretamente a metodologia usada pelo Datafolha?
A metodologia é uma falácia de evidência suprimida, já que ignora variáveis importantes, como o acesso à informação ou o engajamento político das diferentes regiões.
A metodologia é baseada em uma generalização apressada, pois tira conclusões sobre milhões de eleitores a partir de uma amostra muito pequena.
A metodologia é confiável, pois a amostra é selecionada para ser representativa da diversidade da população brasileira, permitindo projeções precisas sobre intenção de voto.
A metodologia comete a falácia de dicto simpliciter, ao aplicar uma regra geral sobre representatividade sem considerar as diferenças regionais e sociais do Brasil.

Fernanda - Eu acho que as redes sociais são prejudiciais para a autoestima dos jovens. Muitos estudos mostram que há uma correlação entre o uso intensivo de redes sociais e sentimentos de depressão e ansiedade e, consequentemente, de autoestima.

Bianca - Não penso assim, a minha irmã passa o dia inteiro no Instagram e ela é uma das pessoas mais confiantes que conheço. Não são as redes sociais que afetam a autoestima.

Fernanda - Mas Bianca, só porque sua irmã se sente confiante, não significa que isso seja verdade para todos os jovens. Existem muitos fatores que influenciam a autoestima.

Bianca - Mas não é só a minha irmã, outras pessoas que conheço e que usam bastante as redes também não apresentam qualquer problema. Você está exagerando os efeitos negativos das redes sociais.

Qual falácia a Bianca está usando para tentar apoiar sua conclusão?
A generalização apressada, porque Bianca baseia sua conclusão apenas na experiência pessoal de sua irmã e de algumas outras pessoas que conhece.
A falácia do acidente, porque Bianca assume que, já que sua irmã não tem problemas de autoestima com o uso das redes sociais, isso deve se aplicar a todos os jovens.
O apelo à emoção, porque Bianca tenta persuadir Fernanda usando um exemplo pessoal e emocional, em vez de abordar os argumentos com evidências mais objetivas.
A falsa analogia, porque Bianca compara a experiência da sua irmã com a de todos os jovens, assumindo que o efeito das redes sociais será o mesmo para todos.